
A avaliação negativa do governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) atingiu 41%, de acordo com a última pesquisa Ipsos-Ipec, divulgada nesta quinta-feira (13 de março). Este é o primeiro levantamento realizado pelo instituto em que a desaprovação ao governo Lula supera a aprovação positiva desde o início do seu terceiro mandato.
A pesquisa foi realizada entre os dias 7 e 11 de março de 2025, com a participação de 2 mil pessoas com 16 anos ou mais, em diferentes regiões do Brasil. A margem de erro é de 2 pontos percentuais para mais ou para menos.
Os resultados mostram que:
- 41% dos entrevistados classificam o governo como ruim ou péssimo;
- 27% avaliam a administração de Lula como ótima ou boa;
- 30% consideram o governo regular;
- 1% não soube ou preferiu não responder.
A pesquisa indica uma virada na percepção popular sobre o governo. Até então, a avaliação positiva vinha superando ou se mantendo equilibrada com a negativa.
Perfil dos eleitores e divisão regional
- A reprovação de Lula é mais expressiva entre dois grupos específicos:
- Eleitores de Jair Bolsonaro (PL) nas eleições de 2022;
- Evangélicos, que historicamente têm se mostrado mais críticos ao governo petista.
Por outro lado, Lula ainda mantém apoio significativo entre:
- Moradores do Nordeste, onde tradicionalmente o PT tem forte base eleitoral;
- Católicos, que seguem avaliando o governo de forma mais favorável.
A piora nos índices de avaliação reflete um cenário político e econômico desafiador para o governo Lula. Questões como o aumento do custo de vida, dificuldades na implementação de políticas públicas e tensões políticas com a oposição têm influenciado a percepção da população.
Além disso, o desgaste político com setores conservadores, o desempenho da economia e a condução de temas sensíveis, como segurança pública e reforma tributária, também podem ter contribuído para o aumento da insatisfação.
O resultado da pesquisa Ipsos-Ipec aponta para um momento delicado no terceiro mandato de Lula. A superação da avaliação negativa em relação à positiva sugere a necessidade de ajustes na condução política e econômica do governo para tentar recuperar a confiança de parte do eleitorado.
GUIA MIRAI
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