Os Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) dos Estados Unidos confirmaram o primeiro caso grave de gripe aviária (H5N1) no país, ocorrido no estado da Louisiana. O paciente, com mais de 65 anos e portador de condições de saúde subjacentes, foi exposto a aves doentes e mortas em criações de quintal, resultando em uma infecção respiratória severa.
Este caso é significativo por apresentar mutações no gene da hemaglutinina (HA) do vírus, responsável por ligar o vírus às células hospedeiras. Tais mutações são raras em humanos, mas já foram observadas em infecções graves por H5N1 em outros países, como no Canadá.
O genótipo identificado no paciente pertence ao D1.1, recentemente detectado em aves selvagens e domésticas na América do Norte, diferindo do genótipo B3.13 encontrado em outros casos humanos e animais nos EUA.
Apesar da gravidade do caso, o CDC afirma que o risco para a população em geral permanece baixo, não havendo evidências de transmissão de pessoa para pessoa. A agência destaca a importância da vigilância genômica contínua em humanos e animais, além de medidas preventivas para aqueles expostos a ambientes ou animais infectados.
Desde abril de 2024, os EUA registraram 61 casos humanos de gripe aviária em 16 estados, principalmente entre trabalhadores rurais, com sintomas geralmente leves. Este é o primeiro caso grave registrado no país.
A gripe aviária H5N1 é conhecida por sua alta taxa de mortalidade em humanos, com cerca de 52% dos casos resultando em óbito globalmente. No entanto, até o momento, não há evidências de que o vírus tenha adquirido a capacidade de transmissão sustentada entre humanos.
GUIA MIRAI
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