
O custo médio da cesta básica subiu em 14 das 17 capitais analisadas pela Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos, divulgada pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), em fevereiro. Os dados revelam uma tendência de alta nos preços dos alimentos essenciais, com variações significativas em diferentes regiões do país.
As maiores elevações foram registradas em Recife (4,44%), João Pessoa (2,55%), Natal (2,28%) e Brasília (2,15%), indicando um aumento consistente nos custos de vida para os consumidores dessas capitais.
Entre os produtos que mais contribuíram para o aumento da cesta básica, destacam-se o café, o tomate e o quilo da carne bovina de primeira. O café apresentou uma disparada nos preços, chegando a registrar uma variação de até 23,81% em Florianópolis, um dos maiores aumentos percentuais observados na pesquisa.
A cesta básica mais cara do país em fevereiro foi a de São Paulo, com um custo médio de R$ 860,53. Em seguida, aparecem as cestas de:
Rio de Janeiro – R$ 814,90
Florianópolis – R$ 807,71
Campo Grande – R$ 773,95
Esses valores refletem o impacto das pressões inflacionárias sobre os preços dos alimentos, que afetam diretamente o orçamento das famílias, especialmente nas regiões metropolitanas.
Com base no valor da cesta básica mais cara (São Paulo), o Dieese calcula que o salário mínimo necessário para cobrir as despesas básicas de uma família deveria ser de aproximadamente R$ 6.950,00 — valor que corresponde a cerca de 5,27 vezes o salário mínimo vigente em fevereiro, de R$ 1.320,00.
Produtos em alta
Os produtos que mais pressionaram o valor da cesta básica em fevereiro foram:
- Café – além da alta expressiva em Florianópolis, apresentou variação significativa em outras capitais.
- Tomate – oscilação típica devido a questões sazonais e climáticas.
- Carne bovina de primeira – a alta reflete o encarecimento da cadeia produtiva e da oferta do produto.
O aumento generalizado nos preços dos alimentos reforça os desafios enfrentados pelos consumidores, especialmente os de menor renda. A alta no custo da cesta básica também pressiona o orçamento das famílias e evidencia a necessidade de políticas públicas para conter a inflação e garantir o acesso a alimentos básicos a preços acessíveis.
GUIA MIRAI
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