Nutricionista explica o que é ora-pro-nóbis, destaca benefícios das folhas e aponta como a fruta da planta deve ser consumida
Uma das Plantas Alimentícias Não Convencionais (Pancs) mais conhecidas é a ora-pro-nóbis. Suas folhas são ricas em proteínas, fibras, ferro, cálcio, vitaminas e nutrientes que contribuem para o bom funcionamento do organismo e para a prevenção de doenças.
Além das folhas, porém, o pé da ora-pro-nóbis pode gerar flores e frutos comestíveis. “A planta pode ser usada em vários pratos como caldos, sopas, cozidos e carnes. A fruta que vem dela também é comestível, porém, têm espinhos delicados. Cuidado com eles”, afirma a nutricionista Carla de Castro, da Clínica Sallva – Nutrição & Saúde Mental.
A fruta da ora-pro-nóbis é pequena, arredondada, e seu gosto é semelhante ao de um maracujá. Ela está madura quando atinge um tom alaranjado e, antes de comer, os espinhos devem ser removidos.
“A frutinha pode ser consumida in natura ou usada na preparação de compota, geleia ou suco. O alimento é rico em betacaroteno, substância natural capaz de combater os radicais livres”, destaca Carla. A fruta também têm vitaminas A e C, além de compostos fenólicos (antioxidantes) e substâncias bioativas.
Folhas da ora-pro-nóbis
Existem três tipos de ora-pro-nóbis: as de flores brancas, rosas e douradas. Todas são comestíveis, mas as folhas da versão rosa não devem ser consumidas cruas por conter oxalato.
Embora a substância seja naturalmente eliminada na urina, o consumo em excesso pode favorecer a formação de pedras nos rins em pessoas com maior tendência. O oxalato também pode atrapalhar a absorção de minerais no intestino.
Por isso, deve-se cozinhar as folhas da ora-pro-nóbis rosa em água por cerca de dois minutos ou refogá-las para amolecê-las e reduzir o teor de oxalato antes do consumo.
A ora-pro-nóbis pode ser encontrada em feiras de orgânicos e em lojas de suplementos alimentares. Para os adeptos da jardinagem, ainda há a opção de cultivar a planta em casa para ter as folhas à mão diariamente.
GUIA MIRAI
(por Portal Metrópoles)
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