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Foto do escritorGUIA MIRAI

GOVERNO LULA DECIDE SUSPENDER COBRANÇA DO DPVAT EM 2025 APÓS RESISTÊNCIA DE GOVERNADORES


Em uma decisão que marca mais uma reviravolta na história do Seguro Obrigatório para Proteção de Vítimas de Acidentes de Trânsito (DPVAT), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva determinou que o seguro não será cobrado em 2025. A medida vem após meses de negociações e entraves entre o governo federal e os estados.


Originalmente criado para indenizar vítimas de acidentes de trânsito, o DPVAT foi extinto em 2020 pelo governo do ex-presidente Jair Bolsonaro. A justificativa para sua eliminação foi a alegação de fraudes no sistema e a dificuldade de gestão do fundo, que acumulava bilhões de reais.


No entanto, a gestão de Lula decidiu retomar o seguro, agora reformulado e rebatizado como SPVAT (Seguro de Proteção às Vítimas de Acidentes de Trânsito). A proposta, aprovada em maio de 2024, visava liberar cerca de R$ 15 bilhões que estavam congelados nos cofres públicos e, ao mesmo tempo, gerar receitas para cobrir os custos relacionados a acidentes de trânsito.


Com a reformulação, o seguro teria um papel ainda mais estratégico:


1. Custear o impacto no SUS: Acidentes de trânsito geram um peso significativo no orçamento da saúde pública, desde atendimentos de emergência até tratamentos de longo prazo.

2. Apoiar a Previdência Social: Muitos beneficiários do INSS são vítimas de acidentes incapacitantes.

3. Fortalecer a segurança viária: Parte dos recursos arrecadados seria destinada a campanhas de conscientização e melhoria da infraestrutura de trânsito.


A cobrança estava prevista para ser retomada a partir de 1º de janeiro de 2025.


Resistência dos Governadores


O ponto crítico para a suspensão da cobrança foi a resistência de governadores. A operacionalização do SPVAT dependia da assinatura de contratos entre os estados e os Departamentos Estaduais de Trânsito (Detrans), responsáveis por gerir a arrecadação e repassar os valores ao governo federal.


Os governadores argumentaram que o retorno do seguro traria um custo político significativo e aumentaria a insatisfação popular. Além disso, muitos estados enfrentam desafios administrativos e financeiros, o que dificultaria a implementação da medida.


Sem a adesão necessária, o governo federal decidiu suspender a cobrança, evitando uma crise política maior.


Embora a decisão de Lula alivie os motoristas, que não precisarão pagar o seguro obrigatório em 2025, ela também traz desafios significativos:


Perda de receita pública: A expectativa de arrecadação era alta, especialmente para financiar os custos do SUS e da Previdência Social.


Falta de proteção às vítimas: Sem o seguro, muitas vítimas de acidentes continuarão desassistidas, especialmente aquelas que não possuem cobertura privada.


Especialistas alertam que o custo dos acidentes de trânsito continuará sendo absorvido indiretamente pela sociedade, através de impostos e tarifas públicas.


O governo federal ainda não anunciou se buscará uma nova solução para substituir o SPVAT. Alguns analistas sugerem que um modelo alternativo, envolvendo o setor privado, pode ser uma saída viável.


Enquanto isso, a suspensão da cobrança do seguro obrigatório em 2025 gera debates sobre a responsabilidade de financiamento de problemas causados por acidentes de trânsito e sobre como equilibrar os interesses públicos e privados em políticas de trânsito.


GUIA MIRAI



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