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OPERAÇÃO ADOLESCÊNCIA SEGURA: POLÍCIA MIRA GRUPO QUE DISSEMINA ÓDIO, CRIMES E DESAFIOS PERIGOSOS NA INTERNET

  • Foto do escritor: GUIA MIRAI
    GUIA MIRAI
  • há 3 dias
  • 3 min de leitura

Uma grande operação coordenada pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP) mobilizou forças policiais em oito estados brasileiros nesta terça-feira (15), com o objetivo de desarticular uma rede criminosa que utiliza plataformas digitais para disseminar conteúdos de ódio, extremismo e incentivo a práticas perigosas entre adolescentes.


Batizada de Operação Adolescência Segura, a ação é fruto de uma investigação conduzida pela Polícia Civil do Rio de Janeiro e aponta a atuação de criminosos em ambientes virtuais criptografados, como os aplicativos Discord e Telegram, para promover:


- Apologia ao nazismo

- Armazenamento e divulgação de pornografia infantil

- Incentivo à automutilação

- Instigação ao suicídio

- Maus-tratos a animais

- Tentativas de homicídio


As penas atribuídas a esses crimes podem ultrapassar 10 anos de reclusão.


Até o momento, foram efetuadas duas prisões de adultos e a apreensão de seis menores de idade envolvidos. A operação cumpre dois mandados de prisão temporária, 20 mandados de busca e apreensão, além de sete mandados de internação provisória de adolescentes infratores.


As ações ocorreram nos estados de Goiás, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraná, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, São Paulo e Rio de Janeiro.


O início da investigação


As investigações começaram em 18 de fevereiro, após um crime brutal ocorrido no Rio de Janeiro. Um adolescente atacou um homem em situação de rua com coquetéis molotov, queimando 70% de seu corpo. O ato criminoso foi filmado e transmitido ao vivo para cerca de 220 usuários em um grupo no Discord. O autor da transmissão, Miguel Felipe, foi preso, e o adolescente responsável pelo ataque foi apreendido.


A denúncia partiu da própria família do jovem, que o reconheceu nas imagens. Em seu celular, foram encontrados arquivos contendo pornografia infantil. Em depoimento, o adolescente revelou que receberia R$ 2 mil pela ação, o que evidenciou uma rede criminosa maior por trás do caso. Autoridades norte-americanas já haviam emitido alertas sobre a atuação do grupo.


Segundo a Delegacia da Criança e do Adolescente Vítima (Dcav-RJ), os criminosos utilizam técnicas de manipulação psicológica para aliciar crianças e adolescentes, principalmente em idade escolar. Esses jovens eram estimulados a cometer crimes em troca de recompensas internas e status nos grupos.


"Estamos diante de um cenário de extremo risco à integridade física e mental de crianças e adolescentes", afirmou um porta-voz do MJSP.


Desafios perigosos também causam mortes


Paralelamente à operação, outro caso trágico chocou o país. Uma menina de oito anos, identificada como Sarah Raissa Pereira de Castro, morreu no Distrito Federal após participar do chamado "desafio do desodorante" — prática que envolve inalar gás de desodorante aerossol com o objetivo de provocar desmaios.


A menina sofreu uma parada cardiorrespiratória no dia 10 de abril e foi reanimada, mas permaneceu em coma até a constatação da morte cerebral no domingo (13). Ela foi encontrada desacordada pelo avô, ao lado de uma almofada molhada, um frasco de desodorante e um celular.


Este é o segundo caso fatal no país este ano ligado ao mesmo desafio. Em março, uma menina de 11 anos morreu em Pernambuco em circunstâncias semelhantes.


Vídeos com instruções para esses "desafios" circulam especialmente no TikTok, onde jovens compartilham essas práticas perigosas. A plataforma afirmou, por meio de nota, que os conteúdos estão sendo monitorados e removidos.


Alerta para pais e responsáveis


As autoridades reforçam o papel essencial da família e da escola na vigilância dos conteúdos acessados por crianças e adolescentes. Também alertam sobre o uso de plataformas com criptografia e pouca moderação, que têm servido como ambiente propício para o aliciamento de menores e disseminação de crimes.


O Ministério da Justiça planeja intensificar ações preventivas, educacionais e repressivas, visando tornar a internet um ambiente mais seguro para os jovens.


GUIA MIRAI

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