
Quando a temperatura bate recordes e o calor se torna insuportável, uma cena comum tem se repetido nas ruas: adolescentes de moletom, com mangas longas, enfrentando o clima abafado sem nem se abalar. Mas o que está por trás dessa escolha de vestuário, aparentemente contraditória? Profissionais explicam as razões que envolvem desde questões emocionais até influências sociais, além de destacar como esses hábitos podem indicar aspectos importantes sobre o desenvolvimento e o bem-estar dos jovens.
Mais do que uma peça de roupa
Embora pareça ser apenas uma preferência fashion, o uso constante de moletom em dias quentes pode ser visto como um reflexo de um processo emocional complexo. A equipe do Espaço Clínico Ápice (R. Maranhão, n° 1258 – Santa Paula), em São Caetano do Sul, que cuida de jovens, crianças e adultos, aponta que esse hábito vai muito além de uma simples escolha de vestuário. Para muitos adolescentes, o moletom se transforma em um verdadeiro cobertor de segurança emocional, funcionando como uma espécie de escudo contra o mundo externo.
Porém, durante a adolescência, um período marcado por intensas transformações físicas e emocionais, o adolescente pode sentir-se vulnerável e inseguro em relação à sua aparência e à maneira como os outros o veem. A peça, com sua textura macia e acolhedora, acaba oferecendo uma sensação de proteção que, muitas vezes, falta em outros aspectos da vida do jovem.
Outro fator relevante é a pressão social. Quando o adolescente entra na adolescência, a necessidade de pertencer a um grupo se torna cada vez mais forte. Consequentemente, em muitas situações, o estilo de vestimenta acaba sendo uma forma de identificação com tribos urbanas, como geeks, nerds ou outros grupos com valores e símbolos próprios. Segundo os psicólogos do Ápice, o moletom surge como uma maneira de expressar essa identificação e de se integrar ao grupo.
Por outro lado, a pressão não vem apenas de dentro do círculo social imediato. As redes sociais amplificam essa dinâmica. Nesse universo, onde imagens editadas e padrões de beleza utópicos dominam, muitos jovens se sentem constantemente comparados e insatisfeitos com sua imagem corporal. O moletom, nesse contexto, pode representar uma tentativa de escapar dessas comparações, disfarçando o corpo e proporcionando mais conforto e segurança para o adolescente.
Quando falamos de inseguranças típicas dos jovens, é importante entender as mudanças físicas que os adolescentes enfrentam nesse período. Logo, surgem novos traços no corpo, como pelos, crescimento de altura e mudanças nos órgãos genitais. O desconforto emocional causado por essas transformações é grande e, muitas vezes, o adolescente busca roupas largas e confortáveis para se esconder do julgamento dos outros e até de si mesmo. O moletom, com sua modelagem mais folgada, acaba se tornando uma solução prática para esse sentimento de desconforto.
Um pedido silencioso de ajuda
Para os psicólogos do Espaço Clínico Ápice, o uso do moletom pode ser mais do que uma escolha de estilo ou uma reação social. Quando ele se torna constante e isolado, pode indicar dificuldades emocionais, como ansiedade ou até automutilação. A dificuldade em se adaptar às mudanças da adolescência pode levar a comportamentos autodestrutivos, e o moletom acaba sendo uma forma de esconder essas marcas.
Por isso, o diálogo aberto entre pais e filhos é essencial. O uso da peça de roupa pode ser uma forma silenciosa de pedir ajuda e compreensão. Além disso, a importância de clínicas especializadas é fundamental, pois os profissionais estão preparados para ajudar tanto o adolescente quanto sua família a superar esses desafios.
Lidando com os sinais de alerta
Primeiramente, ao perceber que o uso do moletom se tornou um hábito em excesso, pais e educadores devem ficar atentos a outros sinais de alerta, como mudanças no comportamento, isolamento social excessivo ou alterações drásticas no humor. Essas mudanças podem ser indícios de que o adolescente precisa de ajuda profissional para lidar com suas inseguranças e emoções.
O Espaço Clínico Ápice conta com um ambiente acolhedor e especializado para ajudar os jovens a navegar por essas questões emocionais de maneira saudável. Dessa forma, com uma abordagem que vai desde a psicoterapia até terapias mais inovadoras, como a intervenção assistida por animais, o Espaço se dedica a promover o equilíbrio emocional de toda a família. Fonoaudiologia, nutrição e psicomotricidade também fazem parte do cuidado integral oferecido, garantindo que as necessidades de cada um sejam atendidas com excelência.
Se você está preocupado com a saúde mental e o bem-estar do seu filho, o primeiro passo pode ser procurar orientação especializada. De fato, buscar ajuda não é sinal de fraqueza, mas sim uma maneira de garantir que seu filho esteja em um ambiente emocionalmente seguro e saudável. O Espaço Clínico Ápice, localizado na Rua Maranhão, 1258, em São Caetano do Sul, com sua equipe altamente qualificada e ambiente acolhedor, está pronto para ajudar a fortalecer a resiliência emocional de sua família.
Em momentos de desafio, a compreensão e o apoio familiar são fundamentais. O moletom pode ser apenas uma preferência de estilo, mas, para muitos adolescentes, pode representar muito mais: um grito silencioso por atenção, compreensão e cuidado emocional. Assim, a chave está em manter o diálogo aberto e buscar apoio quando necessário, para garantir que os adolescentes possam se desenvolver de maneira saudável, equilibrada e feliz.
GUIA MIRAI
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