O Centro Europeu de Prevenção e Controle de Doenças (ECDC) emitiu um alerta na última sexta-feira (9/8) sobre a febre oropouche, que chegou à Europa após foco inicial na América do Sul.
De acordo com o comunicado, entre junho e julho de 2024, pela primeira vez, 19 casos da doença foram notificados na Europa. Os países que tiveram casos relatados são Espanha (12), Itália (5) e Alemanha (2). Dezoito dos pacientes tinham histórico de viagem à Cuba e um para o Brasil.
Nesta quarta-feira (14) foi decretada emergência sanitária global por causa da proliferação dos casos de mpox, epidemia conhecida como “varíola dos macacos”.
Só neste ano, foram mais de 14 mil casos e mais de 500 mortes, superior a todo o volume de 2023. O aumento em 2024 é de 160% em comparação ao ano passado.
O mpox, anteriormente conhecido como Varíola dos Macacos, já está presente em 13 países, sendo que na República Democrática do Congo e Burundi, a transmissão já é considerada comunitária. Segundo o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom, a nova onda de casos possui uma linhagem do vírus diferente da que foi detectada em 2022 e atingiu 70 países.
Durante 2024, surtos foram relatados no Brasil, Bolívia, Colômbia, Peru e recentemente também em Cuba. “A probabilidade de infecção aumenta quando turistas visitam as áreas de risco, como o nordeste brasileiro ou a região amazônica, ou quando não tomam medidas preventivas”, explica a ECDC.
A febre oropouche é uma doença zoonótica causada pelo vírus oropouche (OROV). Na Europa, não houve transmissão comunitária, o que significa que o vírus ainda não circula ativamente no continente, ao contrário do que ocorre no Brasil.
Atualmente, parte da América do Sul e Cuba enfrentam um surto do vírus, com as primeiras mortes confirmadas recentemente no Brasil, o que aumenta a preocupação com a doença.
GUIA MIRAI
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